sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Amizade Pós-Moderna




O que determina as relações entre nós, humanos? A resposta pode ser distinta a depender das diferentes referências utilizadas. Na sociedade ocidental, o que vem determinando essas relações são os “contratos” sociais baseados em princípios de moral e ética. Não se pretende com esse post esgotar as questões relacionadas a esse tema mas fazer com que os leitores façam uma reflexão a fim de compreender o desenvolvimento das relações humanas.

Hoje trataremos especificamente da amizade entre os homens. Amizade essa que tem sido constantemente testada e tem sido posta a prova por diferentes acontecimentos da vida pós-moderna. A contemporaneidade é fortemente caracterizada por uma leveza e fluidez. Isso fica evidente nas inter-relações entre familiares, casais e amigos.

Vivemos a fase do descartável. Usa-se intensamente algo e posteriormente, sem muita dificuldade, se joga fora. Isso tem sido evidenciado constantemente no universo masculino. As relações de amizade são marcadas por um traço de interesse: “você é amigo enquanto me serve. Passada essa fase, você não me serve mais.” Isso nos traz uma grande questão: Com o esfacelamento das instituições de nossa sociedade, como a família, o que fazer para reconhecer no outro um amigo verdadeiro? Alguns diriam testagem, mas temos que compreender que diferentemente dos ratinhos de laboratório somos seres humanos e precisamos ser tratados como tal. No entanto há que se reconhecer que há uma dificuldade em se reconhecer algo durável já que se vive em uma época marcada pela fluidez.



Pegando gancho nessa explanação, podemos nos remeter também ao amigo “fura-olho” que está a seu lado de olho em sua namorada(o) ou mesmo, sabendo que você está interessado em alguém, não respeita esse aspecto e ultrapassa as barreiras estipuladas por vocês no pacto de amizade. A resposta para tal comportamento talvez seria o de que a liberdade individual está acima de qualquer outro valor e por isso somos estimulados a satisfazer nossas necessidades sem necessariamente nos preocuparmos com as consequências dessas ações.



E vocês o que acham sobre isso? Já passaram por alguma situação parecida? Envie seu comentário para o homemposmoderno.blogspot.com.br para podermos dialogar. 
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