O
que determina as relações entre nós, humanos? A resposta pode ser distinta a
depender das diferentes referências utilizadas. Na sociedade ocidental, o que
vem determinando essas relações são os “contratos” sociais baseados em
princípios de moral e ética. Não se pretende com esse post esgotar as questões relacionadas
a esse tema mas fazer com que os leitores façam uma reflexão a fim de compreender
o desenvolvimento das relações humanas.
Hoje
trataremos especificamente da amizade entre os homens. Amizade essa que tem
sido constantemente testada e tem sido posta a prova por diferentes
acontecimentos da vida pós-moderna. A contemporaneidade é fortemente
caracterizada por uma leveza e fluidez. Isso fica evidente nas inter-relações
entre familiares, casais e amigos.
Vivemos
a fase do descartável. Usa-se intensamente algo e posteriormente, sem muita
dificuldade, se joga fora. Isso tem sido evidenciado constantemente no universo
masculino. As relações de amizade são marcadas por um traço de interesse: “você
é amigo enquanto me serve. Passada essa fase, você não me serve mais.” Isso nos
traz uma grande questão: Com o esfacelamento das instituições de nossa
sociedade, como a família, o que fazer para reconhecer no outro um amigo
verdadeiro? Alguns diriam testagem, mas temos que compreender que
diferentemente dos ratinhos de laboratório somos seres humanos e precisamos ser
tratados como tal. No entanto há que se reconhecer que há uma dificuldade em se
reconhecer algo durável já que se vive em uma época marcada pela fluidez.
Pegando
gancho nessa explanação, podemos nos remeter também ao amigo “fura-olho” que
está a seu lado de olho em sua namorada(o) ou mesmo, sabendo que você está
interessado em alguém, não respeita esse aspecto e ultrapassa as barreiras
estipuladas por vocês no pacto de amizade. A resposta para tal comportamento
talvez seria o de que a liberdade individual está acima de qualquer outro valor
e por isso somos estimulados a satisfazer nossas necessidades sem necessariamente
nos preocuparmos com as consequências dessas ações.
E
vocês o que acham sobre isso? Já passaram por alguma situação parecida? Envie
seu comentário para o homemposmoderno.blogspot.com.br para podermos
dialogar.
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